Relógio

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aniversário



Hoje, dia 18 de novembro, meu filho Rafael estaria completando trinta e quatro anos.
Estranhamente não o visualizo com esta idade. Todas as vezes _e são muitas_ em que me lembro dele, sua aparência é a de quando tinha apenas vinte anos de idade. Era o meu bebê! Lindo, alto, forte, inteligente, risonho, feliz com Jesus, salvo!
Pai, minha oração hoje é que, se for da Tua vontade, transmita ao meu amado filho os meus parabéns. Ah, meu Senhor, não Se esqueça de lhe dar também um abraço, daqueles bem apertados, como os que ele me dava sempre. Diga-lhe também que estou à espera do nosso reencontro, que será em breve! Beije-o por mim, por favor! Obrigada e Amém!

Príncipe da Paz

                         Príncipe da Paz, estou sozinha
       Na Terra que é o estrado dos Teus pés
E vendo a minha pequenez,
Prostro-me e choro
Pedindo o Teu socorro.
Sinto frio.
Perco a calma
Nas lembranças do que fiz.
Abro janelas, cérebro agitado,
Vislumbro sombras: são o meu passado,
Recordações amargas do que já vivi...
Trago o coração diminuído,
Apertada a garganta,
Visão turbada pelas lágrimas.
Eu sei que tudo sabes
E que me vês assim, como hoje estou.
Sei que me amas
E que de mim tens compaixão.
Por isso, de repente,
Sinto o Teu olhar amoroso sobre mim
E uma força nova me alimenta
E a voz, antes presa na garganta,
Explode num louvor.
Teu nome me acalma,
Tua presença me consola,
Teu amor me aquece.
Fecho, então, todas as janelas que abri,
     Uma a uma —
E abro a porta, embriagada,
E Te adoro
E Te louvo
E Te agradeço a visita.
Já não estou mais só
E minha alma salta do estrado dos Teus pés
Para os Teus braços.



 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Adeus

               
Foge de mim! Eu não te posso amar.
Vai! Segue distante a tua estrada e, só,
sem olhares __ jamais__ atrás de ti,
procura não lembrar o nosso amor
e o quanto, sem querer, eu te feri...

Busca na vida um novo sonho. Parte!
Esquece o mal que te causei e a dor
que, ao lado meu, provaste, sem motivo.
O meu amor, inconsequente e amargo,
só te arrastou, tornando-te cativo...

Liberta-te, afinal, dessa magia
que te prendeu e foge! Ainda há tempo...
Destrói no coração toda lembrança
que te restar dos nossos bons momentos
e segue adiante em teu caminho. Avança!

Hás de encontrar na vida outros amores
que te farão feliz como não pude
e hás de sorrir, lembrando-te de mim,
porque te amei demais e te afastei,
precipitando o nosso amor ao fim...

Aceitarei calada a indiferença
que, então, terás por mim, por meu amor.
Mas, se a saudade  te encontrar sozinho,
pensa que, enquanto estavas te afastando,
eu te segui... por todo o teu caminho...