Outono dos meus verões,
sol posto, folhas caídas,
caminho amarelecido
dificultando saídas...
Folhas mortas _ minhas perdas_
o melhor do meu passado
que o vento dilapidou
a cada passo avançado.
Junto em montes folhas secas
que o fogo destruirá,
mas... de repente... surpresa!
Uma delas na árvore está.
Toco-a, tenra, suave, bela,
embora já tão antiga.
Por que não envelheceu?
Por que com o tempo ela briga?
É a folha do amor vivido,
sobrevivente, imutável,
resistindo à chuva e ao vento,
incólume, inabalável...
Percebo (e quanta alegria!)
que o passar do tempo mau
não a tocou. Ela é imune.
É o nosso amor... imortal...
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