Relógio

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Liberdade



Eu gosto de ser poeta
na liberdade irrestrita
de escolher o que escrever.
Poeta jamais seria,
se grilhões me aprisionassem
e eu só cantasse tristezas
e amores mal-resolvidos.
Só sou poeta porque
sofrendo escrevo alegria,
minto, finjo, escondo ou mostro,
fazendo só o que gosto,
escrevendo o que decido.
Escrevo aquilo que sinto
e o que te vejo a sentir,
escrevo o que gostaria,
mas que não pode existir,
faço arte e artimanhas,
brinco com todas as letras
se nelas encontrar vida.
E retrato e espelho ainda
a beleza e a fealdade.
Poeta jamais seria
se não fosse em liberdade...

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