Rasga,
como um fio de lâmina afiada,
a cicatriz tão débil, mal formada,
desta ferida que não te ocultei.
Fere,
aprofundando o corte o mais que queiras,
com a força bruta de tuas mãos grosseiras,
a parte dolorosa que te expus.
Dilacera,
como fera voraz à sua presa,
com a mais vil e natural destreza,
a imensa chaga que te revelei.
Repousa,
como um heróico ser __ o mais valente __
até que te apercebas, consciente,
que não fizeste o que outros não fariam.
Reflete,
o que te faz distinto dos demais
não vem de forças sobrenaturais,
nem vem da tua sórdida vontade.
Conclui:
vem do poder que só eu pude dar,
porque somente a ti eu quis mostrar
a minha chaga... que ninguém mais viu...
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