Um pouco do que a mente humana pode produzir ou reproduzir num pequeno espaço, com muito amor.
Relógio
domingo, 3 de outubro de 2010
Mistérios
Caminhos jamais pisados
Faces que eu nunca vi
Rotas que nunca tracei
Dores que nunca senti.
Por que sinto, olho e percebo
O pó grudando em meu peito
As pedras sob meus pés
As faces e seus trejeitos?
E a dor, assim, lancinante
Que não é minha, mas é
Parece até o lamento
Dos que perderam a fé...
É minha alma a responsável
Girando num torvelinho
Está em mim e está fora
Não se aquieta... não tem ninho...
E por ser assim, rebelde,
Quase um ser de mim distinto
Faz-me escrever o que oculto
Faz-me sentir o que minto...
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